Atualmente vivemos em uma sociedade que se transforma a cada dia devido ao advento das novas Tecnologias da Informação na Comunicação (TIC’s). A convergência dos sistemas de comunicação, tecnologias da informação e crescimento das redes integradas tornam-se responsáveis pela transição de uma sociedade antes voltada à indústria, para uma sociedade agora baseada na informação.
A busca de redes avançadas de comunicação desperta o mundo todo. Nota-se ainda, mudanças significativas quanto a dinâmica nas relações que envolvem troca de informações, pois grande parte da população migra do meio geográfico (físico) para o meio virtual oferecido pelas redes.
Por isso, a sociedade ganha um caráter global, devido às trocas informacionais, mercadológicas e culturais proporcionadas pela tecnologia.
Os espaços tecnológicos, segundo o que Milton Santos (1997) apud Tellaroli e Albino (ano?) caracteriza como meio técnico-científico-informacional, têm grande importância na busca pela percepção do espaço contemporâneo. O espaço é a resultante da somatória entre a configuração espacial e as relações sociais que se manifestam sobre ele.
As novas formas de produção e de organização da sociedade, influenciadas pela disseminação maciça das tecnologias de informação e comunicação vêm alterando visivelmente as configurações espaciais urbanas e arquitetônicas das cidades.
Durante os anos 80, havia uma produção que iniciava no computador e dele era extraída para ser exibida em meios tradicionais. Gradativamente o computador foi sendo cada vez mais utilizado para estender a capacidade de mídias tradicionais: a fotografia analógica manipulada digitalmente; o cinema ampliado no cinema interativo; o vídeo, no videostreaming; o texto ampliado nos fluxos interativos e nãolineares do hipertexto; a imagem, o som e o texto ampliados na navegação reticular da hipermídia em suporte CD-ROM ou em sites para serem visitados e interagidos; e, futuramente, a ampliação da TV digital em TV interativa, unindo indelevelmente o computador à televisão (SANTAELLA, 2003) apud Tellaroli e Albino (ano?).
A informação digital e as tecnologias da comunicação podem ser vistas como um conjunto de ferramentas que podem ser escolhidas, para auxiliar no processo de criatividade. As características próprias das TIC’s podem fazer uma imensa contribuição para esses processos, com novas ferramentas, mídias e ambientes de aprendizado em criatividade. Portanto, as TIC’s podem e devem dar suporte à expressão imaginativa, autonomia de pensamento, incentivo à pesquisa e colaboração. Porém, é preciso deixar claro que as tecnologias em si não se bastam, pois são as aplicações criativas e inovadoras das pessoas que podem fazer diferença em nossas vidas.
A verdade é que as redes digitais constituem hoje um mundo paralelo no qual vivemos simultaneamente com o mundo físico. Nelas se trabalha se estuda, se produz cultura. Elas são um mundo puro de acontecimentos digitais que vão nos proporcionar experiências fantásticas e assim promoverão a criatividade pessoal, em grupos colaborativos, sempre promovendo a inovação constante.
Segundo, a Conferência Internacional "O Impacto das TICs na Educação" (2010), para especialistas em educação, gestores de políticas públicas, representantes da iniciativa privada e de organizações internacionais, e comunidade escolar, avaliar o impacto das Tics nas salas de aula é muito importante, mas a questão-chave é como aproveitá-las de maneira mais efetiva para melhorar a qualidade da educação na América Latina.
Exemplos dos tipos de TICs, podem ser utilizados no ensino de geografia e para quais conteúdos.
Com as TICs podemos vivenciar processos participativos de ensinar e aprender, onde o professor deixa de ser a fonte única do conhecimento, passando a ser o mediador ou orientador num processo dinâmico e amplo de informação inovadora.
As TICs atuais podem revolucionar a educação, pois é parte fundamental nas novas mudanças, facilitando e estimulando a exploração do novo a partir do conhecimento adquirido sobre as potencialidades educacionais desse recurso, possibilitando novas estratégias de ensino-aprendizagem, porque conseguem aumentar a motivação, concentração e autonomia do aluno.
Os modelos de ensino pautados apenas em materiais impressos têm se mostrado insuficientes diante da realidade virtual a qual a Educação está exposta.
O advento de novas TIC’s permitiu que informações antes restritas aos meios acadêmicos e técnicos fossem veiculadas pela mídia, democratizando um pouco mais o acesso a essas informações.
De forma geral os recursos computacionais mais utilizados no processo de ensino e aprendizagem são os aplicativos de programas para produção de texto, planilhas, gráficos e apresentação de trabalho (Word, Excel e PowerPoint). São destaques também os jogos educativos, Internet e outros aplicativos disponíveis pelo computador (pesquisas, correio eletrônico, MSN, chats, blogs, website...)
A linguagem dos mapas, desde que compreendida, favorece o entendimento da organização sócio-espacial, na medida em que permite apreender as características físicas, econômicas, sociais, ambientais do espaço e, sobretudo, realizar estudos comparativos das diferentes paisagens e territórios representados em várias escalas. No entanto, a disponibilização de mapas e imagens de satélites via Internet, mudou consideravelmente o tratamento e a apresentação das informações espaciais. Sites como o Google Maps, Google Earth, entre outros, são exemplos de ferramentas de apresentação de dados que permitem ao usuário não somente visualizar o espaço em diferentes escalas e perspectivas, como também acrescentar conteúdos que se somam à base de dados. Esta, interligada a outros elementos de multimídia permite uma “viagem pelo mundo”.
Desde a década de 1960, a utilização das TIC’s, dentre elas o computador, têm propiciado, também, um avanço vertiginoso no armazenamento, manuseio, tratamento e comunicação de informações sobre o espaço geográfico, levando ao desenvolvimento dos denominados Sistemas de Informação Geográfica (SIG).
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são definidos como “um sistema com capacidade para aquisição, armazenamento, tratamento, integração, processamento, recuperação, transformação, manipulação, modelagem, atualização, análise e exibição de informações digitais georreferenciadas, topologicamente estruturadas associadas ou não a um banco de dados alfanuméricos”.
O som, a fotografia e o vídeo já vêm sendo integrados há muito tempo, antes mesmo de sua digitalização, quando a integração de sons (voz humana e fundos musicais, por exemplo) e fotografias (slides) permitiram a criação dos primeiros audiovisuais.
Em seguida, a televisão, integrou sons e imagens em pleno movimento de forma muito dinâmica e, a popularização do vídeo cassete, completou o ciclo.
Porém, ainda faltava interatividade e a integração desses três meios de comunicação com os recursos do computador, fato que é mais recente e está ainda em curso.
Através dessa utilização do computador, outras TIC’s podem ganhar destaque, como por exemplo: a utilização de imagens de satélites, mapas temáticos, fotografias aéreas, softwares, etc. As imagens de satélite, por exemplo, são capazes de imprimir um dinamismo maior no ensino, apresentando um grau de abstração menor quando comparadas aos mapas tradicionais, proporcionando observações mais claras e, portanto, mais elucidativas, podendo compor, também, séries temporais onde é possível visualizar a mudança dos fenômenos e a sua sazonalidade.
Outra TIC bastante relevante e utilizada no ensino de climatologia é a imagem cinematográfica. Apesar de, inicialmente, o diálogo entre geografia e cinema ser bastante tímido, os filmes passaram a ser cada vez mais utilizados pelos professores de geografia em sala de aula. Os filmes proporcionam esforços amplos de reflexão e estabelecem a noção de espaço integrando-se, de forma clara, no campo das artes de expressão plástica e, tratando de maneira instrutiva temas entrelaçados do espaço e do tempo.
Os TIC´s e os conteúdos geográficos.
Os TIC’s podem ser utilizados em diversos conteúdos, entre eles vale destacar:
•Aquecimento global;
•Efeito estufa;
•El niño e La nina;
•Climas;
•Sistemas atmosféricos;
•Cartografia
•Aspectos físicos, sociais e econômicos do espaço geográfico;
Vale lembrar, que existem muitos outros conteúdos geográficos que poderão ser desenvolvidos por meio das TIC´s.
Dessa forma, percebe-se que os diversos meios de comunicação, considerando desde o aparelho fonador mais simples até as redes digitais atuais, são meramente canais para a transmissão de informação. Assim, mídias são meios, e meios, como o próprio nome diz, são simplesmente meios, isto é, suportes materiais, canais físicos, nos quais as linguagens se corporificam e através dos quais transitam. Por isso, o veículo, meio ou mídia de comunicação é o componente mais superficial, no sentido de ser aquele que primeiro aparece no processo comunicativo.
Bibliografia
Bibliografia
BARBOSA, J. M. ; FARIAS, J. F. ; ZANELLA, M. E. O uso de recursos didáticos com base nas tecnologias de informação e comunicação no ensino da climatologia. Disponível em: < http://egal2009.easyplanners.info/area03/3308_Monteiro_Jander_Barbosa.doc>. Acesso em: 22 mai. 2010.
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TAVARES, N. M; JUNIOR, W. M. P. Palavra cruzada e TIC´s como recursos didáticos no ensino de Geografia. Disponível em: <http://www.waltenomartins.com.br/siled2009b.pdf>. Acesso em: 25 mai 2010.
TELLAROLI, T. M., ALBINO, J. P. Da sociedade da informação às novas tic’s: questões sobre internet, jornalismo e comunicação de massa. Disponível em:
<http://www.rumoatolerancia.fflch.usp.br/files/active/0/tais_marina_tellaroli.pdf>. Acesso em: 22 mai. 2010.
UNESCO. Conferência Internacional "O Impacto das TICs na Educação". Disponível em: em: 22 mai. 2010.. Acesso
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